Como Superar o Perfeccionismo?

Certas pessoas, quando vão realizar alguma tarefa, por mais simples que seja, precisam que tudo esteja sempre certo e perfeito. Assim, costumam gastar muito tempo com tarefas simples. E, também, costumam a enlouquecer outras pessoas que estão envolvidos no processo e que não possuem hábitos semelhantes. Por isso, ser perfeccionista pode sim ser algo ruim, principalmente quando o indivíduo não possui limites. Esse sentimento vem acompanhado de muitas questões maléficas para o indivíduo, como depressão, ansiedade e raiva.

De acordo com o livro “When Perfect Isn’t Good Enough: Strategies for Coping with Perfectionism” (“Quando o Perfeito Não é Bom o Suficiente: Estratégias para Lidar com o Perfeccionismo”), as pessoas com altos níveis de perfeccionismo são mais propensas a terem depressão do que os não-perfeccionistas, especialmente durante períodos de estresse e depois de terem falhado em alguma atividade. Ademais, segundo pesquisa demonstrada nesse livro, o perfeccionismo pode até mesmo aumentar o risco de morte, principalmente para pessoas que tem os pontuadores mais altos em perfeccionismo e neuroticismo. Logo, percebemos que isso é algo que realmente deveremos pensar.

Felizmente, os livros “Quando Perfeito Não é Bom o Bastante: Estratégias para Lidar com o Perfeccionismo” e “Too Perfect: When Being in Control Gets Out of Control” (“Muito Perfeito: Quando Estar no Controle Sai do Controle”) nos dão dicas para tentarmos ser menos perfeccionistas. Dessa forma, podemos tentar diminuir os níveis de controle irracional que tentamos exercer sobre um mundo que é, na verdade, incontrolável. Confira as dicas abaixo.

Diminuindo o perfeccionismo

Reavalie os seus padrões

Os indivíduos perfeccionistas comumente possuem padrões irreais, e tentam sempre alcançá-los. Por isso, reavalie os seus padrões e tente, assim, descobrir quais são os padrões normais. Prove a si mesmo o quanto suas crenças são irrealistas, e como suas expectativas são muito altas. Faça perguntas razoáveis, como: seus padrões são mais altos que os de outras pessoas? Você é capaz de atender aos seus próprios padrões? Outras pessoas são capazes de atender aos seus padrões?

A maioria das pessoas perfeccionistas irão se recusar a reconhecer que seus padrões são altos. Porém é preciso fazer esta análise para identificar os seus erros e entender como se adequar a normalidade.

Use o “Teste de Hipóteses”

O melhor método de tentar desfazer o seu perfeccionismo é dando meia-volta. Ou seja, fazendo experiências que vão de encontro aos seus hábitos diários. Realize pequenas experiências, que lhe darão a oportunidade para refutar suas crenças perfeccionistas. Por exemplo, tente enviar um e-mail sem revisá-lo diversas vezes, chegue cinco minutos atrasado em um de seus compromissos, etc. Teste-se, para que você comece a quebrar esse padrão de perfeccionismo.

Com essas experiências, veja se realmente foi tão ruim quanto pensou ou se você pode lidar com isso.

Desafie os seus pensamentos

Quando os indivíduos perfeccionistas tomam atitudes que vão de encontro com a sua natureza, eles sentem um impulso forte que lhes faz voltar aos hábitos antigos. Por isso, é preciso identificar e desafiar, de forma racional, os pensamentos para ver por que você fica tão incomodado com essas situações. Para tanto, observe os seus pensamentos perfeccionistas e gere alguns pensamentos alternativos. Compare-os e, então, escolha qual é a forma mais realista de encarar a situação.

Por exemplo: você fica incomodado por seu amigo ter se atrasado apenas por alguns minutos, pois, na sua mente, as pessoas não se atrasam. O pensamento alternativo a isso deve considerar que, sim, as pessoas se atrasam e que pode ter ocorrido algum tipo de imprevisto. Agora, pense, qual pensamento é mais racional? Obviamente, o segundo.

Exponha-se

Para que você quebre esse hábito de ser tão perfeccionista, é preciso se expor. Deixe a sua cama bagunçada um dia, saia de casa alguns minutos atrasados, não corrija todas as mensagens que envia, etc. Tome atitudes que irão lhe tirar da sua zona de conforto. Obviamente, isso será desconfortável no começo, mas, com o passar do tempo, conseguirá fazer tudo com mais naturalidade.

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