Curiosidades Sobre Sapos

Esses anfíbios são encantadores para uns, e despertam aversão para tantos outros. Eles têm uma história evolutiva rica, passam parte da sua vida ainda na água, e alguns podem ainda ser venenosos! Mas cuidado: a destruição das matas e dos mananciais pode significar o fim de muitos deles. Afinal, você sabe o que é sapo, perereca ou rã?

Como surgiram os anuros

Chamamos de anuros os sapos, pererecas e rãs, que surgiram entre 250 e 250 milhões de anos atrás, no período Permiano. Como os outros anfíbios e os répteis, são descendentes dos tetrápodes, criaturas esquisitas de quatro patas dispostas nas laterais do corpo. Um parente próximo dos anuros é a salamandra. As grandes extinções do Permiano e do Cretáceo favoreceram o surgimento de toda essa diversidade que vemos hoje. Hoje são conhecidas cerca de 1.040 espécies de sapos, pererecas e rãs.

Diferenças entre sapos, rãs e pererecas

Todos os anuros possuem patas posteriores alongadas e coluna vertebral inflexível. Mesmo assim, as diferentes espécies desenvolveram especializações de acordo com o hábitat. Os sapos são tipicamente terrestres, dão saltos curtos, têm pernas relativamente curtas e pele rugosa. As rãs são saltadoras, e as espécies semiaquáticas possuem membranas entre os dedos, para natação. Elas produzem uma espécie de muco, o que mantém a pele úmida. As pererecas costumam ser menores e subir em árvores, e chamam a atenção pelos olhos grandes e pelas almofadas (“ventosas”) nas pontas dos dedos, para auxiliar na escalada. Pererecas também podem saltar, até 10 vezes o seu tamanho.

Verdade ou mito: sapos comem moscas usando a língua

Um estereótipo bastante comum que temos nos sapos é que eles podem capturar moscas com línguas incrivelmente longas, e que as moscas são o principal alimento desses anfíbios. É um fato, a língua dos anuros é relativamente grande, representando 1/3 do comprimento do corpo, além de flexível e bastante rápida, precisando de sete centésimos de segundo para pegar a presa. Não somente moscas, sapos podem comer outros insetos, como mariposas e libélulas, e mesmo pequenos caramujos.

Filho de sapo, girino é: a metamorfose

Quando tomamos banho de rio ou de cachoeira, vemos com frequência pequenos girinos, uma espécie de larva aquática com cauda curta e cabeça proeminente. Os girinos possuem pequenas brânquias, permitindo a respiração debaixo d’água, e nessa fase se alimentam apenas de algas. Quatro semanas depois, a pele começa a crescer por cima das brânquias. A partir da sexta semana, as patas começam a aparecer. Na 12ª semana, as patas já estão bem desenvolvidas, mas a cauda ainda permanece. Ao final de 16 semanas, o sapo já deixou a água, e está procurando seu par para acasalar e começar o processo tudo de novo.

O veneno é o novo remédio

Algumas espécies de sapos e pererecas podem ser muito venenosas. O veneno é produzido pelas glândulas parótidas e liberado tanto pela saliva como pela própria pele. A composição dessa secreção possui alcaloides (substâncias nitrogenadas), esteroides, peptídeos e proteínas. Uma regra que se aplica à maioria é que sapos e pererecas muito coloridos costumam ser os mais perigosos. Devemos ter medo? Não necessariamente. O veneno dos sapos tem se mostrado útil à ciência. Estuda-se esses constituintes no tratamento para AIDS, câncer, infecções e inflamações, entre outras enfermidades. É o veneno a serviço da sociedade.

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