Na definição do cientista Carl Sagan (1934-1996), universo é “tudo o que existe, sempre existiu e sempre existirá”. Além de coisas que ainda não foram descobertas, o Universo é constituído de galáxias, planetas, estrelas, cometas, asteroides, satélites naturais, nebulosas e radiações. Existe também uma matéria negra, que não se constitui como matéria comum, mas que também faz parte do cosmo.
Há inúmeras coisas para saber sobre o Universo. Separamos algumas aqui.
Qual o tamanho do Universo?
O atual estágio das pesquisas não permite uma resposta positiva em relação a qual seria, de fato, o tamanho do Universo e mesmo se ele seria finito ou infinito. Outro dado que complica ainda um pouco mais as coisas é que o Universo está em crescente expansão e de forma acelerada. Os cientistas então trabalham com o conceito de “universo observável”, e calculam o seu tamanho em 93 bilhões de anos-luz.
A Via Láctea
A Via Láctea, onde está o sistema solar, recebeu este nome em função de sua aparência assemelhar-se a um caminho leitoso. É uma galáxia em espiral com tamanho aproximado de 100.000 anos-luz de diâmetro (um ano luz equivale a 9.461.000.000.000 quilômetros), constituída de estrelas, poeira e gases A Via Láctea teria algo em torno de treze bilhões de anos e está em constante movimento, arrastando consigo o sistema solar. Estima-se que o Universo tenha 2 trilhões de galáxias.
Constelações
Constelações correspondem a um aglomerado de estrelas e outros objetos celestes, numa região específica do céu. Dependendo do hemisfério em que a pessoa está, umas constelações são visíveis e outras não. As constelações austrais, como a do Cruzeiro do Sul, por exemplo, são vistas somente no hemisfério sul. As constelações boreais, como as Ursas Maior e Menor, são vista exclusivamente no hemisfério norte.
Estrelas
As estrelas são esferas que contém grandes quantidades de plasma quente em sua composição, ocorrendo também fusões nucleares em seu interior, liberando energia. Elas possuem tamanhos variáveis, podendo chegar até 150 vezes a massa do Sol. A estrela Betelgeuse, na constelação de Órion, tem um raio 1200 maior que o do Sol. A VY Canis Majoris, na constelação Cão Maior, tem raio 1540 maior que o do Sol. Ambas são classificadas com supergigantes vermelhas.
Buracos negros
Corpos celestes denominados buracos negros são regiões do Universo que possuem um campo gravitacional de tal intensidade que nem a própria luz consegue escapar dele. Podem ser minúsculos, do tamanho de um átomo e até milhões de vezes o tamanho do Sol. No centro da Via Láctea há um deles, o Sagittarius A. Em 2019 o telescópio Event Horizont detectou um deles na galáxia Messier 87, há 53 milhões de anos-luz da Terra. O Messier 87 tem 40 bilhões de quilômetros de diâmetro e é três milhões de vezes maior que a Terra.
Viagens espaciais
Em 20 de agosto de 1977 os americanos lançaram ao espaço a espaçonave Voyager 2. Ela já visitou Júpiter, Urano e Netuno, fornecendo aos cientistas informações e imagens importantes para conhecermos um pouco mais sobre estes planetas e algumas de suas luas. Viajando a 55.000 km/h, em 2017 ela seguiu em direção à constelação de Sagitário, no sul da Via Láctea. Demorará outros 40 mil anos para atingir a estrela anã Ross 248. Em 61 mil anos passará pela Nuvem Oort, composta de objetos congelados e 200.000 vezes maior (em extensão) do que a distância entre a Terra e o Sol (150 milhões de quilômetros).
O Universo nas telas
Dois seriados da televisão buscaram desbravar as profundezas do Universo. O primeiro, de forma não deliberada, já que a espaçonave se perdeu no espaço. Trata-se de Perdidos no Espaço, série americana de 1965-1968, que conta as aventuras da família Robinson, do vilão, Dr. Smith e do robô amigo do caçula da família, tentando retornar para casa. Rendeu um filme bastante sofrível em 1998 e, agora, uma repaginação na Netflix.
O segundo é Jornada nas Estrelas, seriado também americano de 1996-1969, que explora o Universo, só que de forma deliberada. A bordo da nave Enterprise, o capitão James T. Kirk, o vulcano Spock, Uhura, Checov e outros desbravam “o espaço: a fronteira final”, “audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve”, como diz a narração de abertura dos episódios. Rendeu uma “nova geração”, com o capitão Picard no comando.
No cinema a principal referência é a saga Guerra nas Estrelas (Star Wars), com seis episódios e que trata essencialmente da eterna luta entre o bem e o mal. As batalhas espaciais e as lutas com os sabres de luz se tornaram quase que sinônimos dos filmes da série.