Curiosidades sobre o Dia Internacional da Mulher

Mais do que uma mera data, o oito de março vem homenagear as mulheres que lutam cotidianamente por igualdade de gênero, por qualidade de vida, contra a violência, contra o machismo e por reconhecimento do seu papel destacado na sociedade.

Vamos saber mais desta batalha diária das mulheres? O nosso blog te dá as principais dicas!

A origem do Dia Internacional da Mulher

Em 08 de março de 1917 milhares de mulheres russas saíram às ruas para protestar contra a fome, a 1ª. Guerra Mundial e o regime absolutista de Nicolau II. Esta manifestação, intitulada “Pão e Paz” está intimamente ligada à Revolução Russa de 1917, que derrubou o Czar Nicolau II e foi o pontapé para a criação da URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que vai rivalizar com os EUA nos anos seguintes. O 8 de março, entretanto, só viria a ser reconhecido oficialmente como o Dia Internacional da Mulher em 1975 pela ONU – Organização das Nações Unidas.

Dia Internacional da Mulher: outras referências importantes

Em fevereiro de 1909 houve uma manifestação que contou com cerca de 15.000 mulheres em Nova York, que marcharam contra as péssimas condições de trabalho, que chegava a 16 horas diárias.

Em 25 de março de 1911, houve um incêndio na Triangle Shirwaist Company, também em Nova York, no qual morreram 125 mulheres e 21 homens, que chamou à atenção mais uma vez pelas precárias (e mortais) condições de trabalho às quais eram submetidas as mulheres na época.

As sufragistas

A luta pela conquista do voto feminino é parte indissociável das lutas das mulheres pelo seu reconhecimento. Na Europa, o direito ao voto só foi obtido, com muita luta após a Primeira Guerra Mundial. Nos Estados Unidos, em 1919. O Equador foi o primeiro na América do Sul a reconhecer o voto feminino em 1929. No Brasil, somente em 1932. A luta pelo direito ao voto feminino é retratada de forma excelente no filme “As sufragistas”, de 2015, com Carey Mulligan e Merryl Streep.

A luta pelo voto no Brasil

A brasileira Bertha Lutz (1894-19760) é um dos principais nomes da luta pelo voto feminino no Brasil. No início do século XX ela fundou a Frente Brasileira pelo Progresso Feminino, se destacando na luta pelo direito das mulheres ao voto e pela igualdade entre homens e mulheres.

Situação das mulheres no mercado de trabalho no Brasil

Apesar de avanços verificados nos últimos anos, principalmente a partir dos anos 1970, é ainda visível a desigualdade das mulheres em relação aos homens no mercado de trabalho brasileiro. As mulheres ocupam 44% dos empregos formais no país e tem, em média, escolaridade maior que a dos homens. Em que pese a maior escolaridade, a presença delas em cargos de alta direção representa apenas 17%. As mulheres ganham em média 10,5% menos que os homens, para ocupações semelhantes. O rendimento médio das mulheres é 20,5% menor que o dos homens. Mesmo no serviço público esta situação se repete, ou seja, a administração pública também repete a lógica da desigualdade em relação às mulheres.

Lei Maria da Penha

Maria da Penha foi agredida diuturnamente por seu marido durante 23 anos, tendo sobrevivido a duas tentativas de homicídio. Ficou paraplégica pelas repetidas violências as quais era submetida. Por duas décadas tentou que seu agressor fosse punido, sem sucesso. Somente em 1988, a Corte Internacional de Direitos Humanos condenou o Brasil por negligência. Em 2006 é aprovada a Lei Maria da Penha, que busca coibir e punir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Mais uma importante conquista e avanço na luta pelos direitos das mulheres.

Feminicídio

No Brasil, segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, 4,8 mulheres a cada 100.000 morrem assassinadas, a quinta maior proporção do mundo. As causas mais comuns são os assassinatos por parceiros ou ex-parceiros, familiares e morte seguida de agressão sexual ou física. Em 2015 foi sancionada a Lei do Feminicídio, que considera a maior relevância dos crimes cometidos por questões de gênero.

Legislação brasileira e o feminicídio

O feminicídio passou a ser um agravante ao homicídio, com pena de 12 a 30 anos de prisão. Ao lado do estupro, é considerado um crime hediondo, ou seja, não são possíveis a estes tipos de crimes: anistia (não pode deixar de ser punido), graça (concessão de perdão), indulto (perdão da pena)  ou fiança (responder pelo crime em liberdade mediante pagamento).

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