Quando os golfinhos emergem das águas de mar azul, todos param para observar. Mas os golfinhos não se destacam somente pela beleza e pelos seus movimentos, mas também pela aparente inteligência. Fazem parte também do folclore popular e da cultura hollywoodiana, e despertam nossa curiosidade. O que sabemos desses cetáceos tão fascinantes?
Como são os golfinhos?
Os golfinhos são mamíferos cetáceos, que se diferenciam das baleias por apresentarem pequenos dentes na boca (que não são substituídos), e com região rostral e ventral do crânio mais desenvolvidas. Além disso, são carnívoros, com a dieta sendo constituída de peixes e lulas. Como as baleias, precisam nadar à superfície para respirar ar atmosférico.
A orca é um golfinho, e não uma baleia
Existem aproximadamente 40 espécies de golfinhos. A maioria das espécies são marinhas, e uma pequena parcela vive nos rios, como o boto da Amazônia. O menor golfinho (o golfinho de Mauí), mede cerca de 1,5 m de comprimento. Do extremo oposto, temos a orca, que pode ultrapassar 9 m, o tamanho de muitas baleias. Por causa do tamanho, a orca é erroneamente chamada de baleia, mas apresenta características de golfinho, como dentes na boca. Uma orca célebre foi a Keiko, que estrelou o conhecido filme Free Willy.
Os golfinhos se orientam por sonar
A partir do seu protuberante rostro, mais precisamente dos sacos nasais, o golfinho emite sinais de alta frequência, na forma de estalos. As ondas sonoras atingem os objetos (e animais) mais próximos e refletem. O eco é depois percebido pelo aparelho auditivo e transmitido ao cérebro. Dessa forma, os golfinhos são capazes de ecolocalização, ou sejam, de perceber o meio à sua volta, se há presas ou predadores próximos. Estudos científicos apontam que um golfinho pode emitir estalos por 15 dias seguidos, se mantendo vigilantes.
Os golfinhos podem ser mais perigosos que os tubarões
É bastante comum observarmos os golfinhos como animais “fofinhos”, enquanto sentimos medo dos tubarões e das suas fileiras de dentes. Por isso é difícil imaginar os golfinhos como perigosos. Porém não podemos esquecer de que os golfinhos são carnívoros, e que os dentes, ainda que pequenos, são bem afiados. Pior: golfinhos machos podem agredir fêmeas, ou mesmo matar as próprias crias, ao atirá-las para acima da água. Eis algo que poucos imaginam.
Ainda estamos tentando compreender a inteligência dos golfinhos
Os golfinhos são mais parecidos com os seres humanos do que parece. Assim como nós, os golfinhos possuem um cérebro complexo, e são capazes de desenvolver atividades consideradas complexas: se reconhecem em um espelho, atendem pelo “nome”, se comunicam com outros golfinhos por meio de uma “linguagem” primitiva (utilizando assovios), manipulam objetos… ações e reações que pouquíssimos animais (fora o homem) conseguem fazer, como chimpanzés e bonobos. Enquanto os cientistas continuam descobrindo e debatendo sobre a cognição e a linguagem dos golfinhos, nós seguimos admirados com esses belos cetáceos.