As borboletas nos encantam pela beleza, cores formas e tamanhos, mas também tem uma enorme importância para o meio ambiente, atuando como polinizadoras das flores. A prosperidade ou a saúde de um ecossistema pode ser determinada, entre outras coisas, pela maior ou menor presença das borboletas. Que tal sabermos um pouco mais sobre este inseto?
Ciclo evolutivo das borboletas
As borboletas pertencem à família dos insetos, da ordem Lepidoptera. Há cerca de 160000 espécies no mundo. Há quatro fases diferentes no ciclo de vida das borboletas: ovo, lagarta, pupa ou crisálida e o inseto adulto. Elas vivem em média de duas a quatro semanas, mas há exceções, como a borboleta Monarca pode viver até nove meses.
Maiores e menores
A Rainha Alexandra Birdwings (Ornithoptera alexandrae) é considerada a maior borboleta do mundo. Com envergadura total entre 28 a 31 cm, vive somente na Nova Guiné e corre risco de extinção. Os machos dessa espécie são menores, entre 17 e 19 cm. Na outra ponta, a borboleta Pigmeu Azul Ocidental (Brephidium exilis) é a menor do mundo. Encontrada nas Américas do Norte, Sul e Central, têm asas de 5 a 7 mm.
Borboletas e mariposas
Borboletas e mariposas pertencem à mesma ordem das Lepidopteras e possuem ciclos evolutivos idênticos. Entretanto, em sua maioria, as borboletas são insetos de hábitos diurnos e as mariposas preferem a noite, sendo atraídas por focos de luz, apesar de isto não ser uma regra. As mariposas mantêm as asas sobre o dorso quando fechadas e as borboletas fecham as asas verticalmente. As mariposas também possuem diferentes tipos de antena, ao passo que na maioria das borboletas é do tipo gancho ou cotonete.
Borboleta Monarca
A Monarca (Danaus plexippus) é uma espécie de borboleta migratória que, durante o inverno, viaja milhares de quilômetros dos Estados Unidos e do sul do Canadá para Michoacán, no México. Eles possuem um “radar” interno, se orientando pelo campo magnético da Terra. Há duas subespécies dela no Brasil e em alguns países da América do Sul. Mudanças climáticas tem provocado a redução desta espécie e do espetáculo de sua migração.
Borboletas no Brasil
O Brasil tem mais de 3500 espécies de borboletas conhecidas e catalogadas. Segundo o EMPRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, há 57 delas ameaçadas de extinção. Duas espécies bem conhecidas aqui são a Borboleta da Couve (Ascia monuste), nome dado pelo seu alimento “favorito” na fase de lagarta e a Borboleta 88 (Diaethria clymena meridionalis), cujas asas se parecem com este número.
Borboletários no Brasil e no mundo
Os borboletários tem importância central na pesquisa, preservação e conservação da espécie e na divulgação da importância das borboletas para o meio ambiente. O maior borboletário do mundo é Dubai Butterfly Garden, em Dubai, com 2600 m2 e 16000 borboletas de todo o mundo. No Brasil, destaque para o borboletário da Reserva José Márcio Ayres, às margens do rio Guamá, em Belém (PA), com mais de 800 m2
Uma borboleta bem particular
Entre milhares de espécies, fica difícil definir quais as borboletas mais interessantes do mundo. Mas há algumas que se destacam. A Azul Morpho (Morpho rhetenor) tem asas de um azul intenso, passando por tonalidades de verde até cores marcadamente metálicas. Ela foi estudada como modelo para a fabricação de tecidos, tintas e até para na produção de dinheiro, como mecanismo antifraude.
Fósseis de borboletas
Descobertas científicas recentes dão conta da existência de borboletas há 200 milhões de anos atrás. Restos fossilizados foram encontrados em rochas em Hannover, na Alemanha. Segundo os cientistas, as borboletas sobreviveram à extinção em massa de espécies do período anterior e migraram para todas às partes do mundo, à exceção da Antártida.
Simbologia das borboletas
Pela sua própria metamorfose, a borboleta simboliza a transformação, inclusive aquelas pelas quais nós passamos durante a vida Mas também é associada à renovação, inconstância, beleza e felicidade. Para algumas correntes espíritas, ela é símbolo da reencarnação e progresso, em uma espécie de desenvolvimento da alma.